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Medidas Integradas no Controle de Moscas na Suinocultura

As moscas representam um sério problema na produção animal, na suinocultura a infestação das granjas por moscas também pode ocorrer, sendo esse inseto o mais encontrado na suinocultura. E este problema deve ser controlado em todo tipo de unidade de produção animal.

Várias espécies de moscas podem causar problemas na suinocultura, porém a que se destaca é a Musca domestica (Mosca doméstica), mas também podemos encontrar outras espécies como: Stomoxys calcitrans (Mosca dos estábulos), Drosophila spp (Mosquinha), Chrysomia megacephala (Mosca varejeira). Em um país tropical como o Brasil, as altas temperaturas e umidade relativa elevada favorecem a multiplicação do inseto, fazendo com que 100% das nossas granjas sofram com as consequências negativas da infestação da praga.

Os principais fatores que afetam a população de moscas são matéria orgânica, umidade e temperatura. Elas se desenvolvem e se alimentam da matéria orgânica em decomposição. As larvas de mosca precisam de umidade e o acúmulo de esterco úmido aparece como um lugar propício para o seu desenvolvimento. As larvas da mosca se desenvolvem mais rapidamente em temperaturas elevadas. Sob a temperatura de 30°C, as moscas podem completar o ciclo de vida (de ovo a adulto) em apenas dez dias. Sob baixas temperaturas este desenvolvimento é desacelerado.

As moscas têm uma importância econômica muito grande, pois atuam como vetores mecânicos de diversos agentes patogênicos: bactérias, vírus, protozoários e vermes. A mosca doméstica transporta estes agentes de doenças em todo o seu corpo, principalmente nas pernas e peças bucais. Em estudos realizados com a mosca doméstica, verificou-se que ela raramente age como hospedeiro intermediário, atuando quase sempre como vetor mecânico. Assim, as moscas fazem a dispersão dos germes no substrato alimentar com auxílio das pernas e labela. Outra forma de disseminação de doenças através das moscas é por meio da ingestão de agentes patogênicos pela mosca e sua eliminação nas fezes. Além das doenças que podem transmitir aos lotes, as moscas causam estresse aos animais e às pessoas envolvidas na rotina de trabalho da granja. É extremamente desconfortável realizar as tarefas diárias.

No que tange a controle, devemos sempre adotar as medidas integradas, como por exemplo medidas ambientais que diminuem os fatores de risco e também o uso de controles químicos, que são inseticidas para as fases larvais e adultas. Não podemos também deixar de ressaltar a importância dos registros de monitoria que servem de parâmetros para a tomada de decisões. As moscas adultas representam apenas uma pequena porcentagem da população presente na propriedade. O adulto é somente a etapa final de uma série de estágios (ovo, larva e pupa). Se as medidas de controle forem dirigidas somente às moscas adultas, dificilmente o problema será contornado e o ambiente levado aos parâmetros esperados.

EM-BR-21-0037