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Importância da Saúde Intestinal

Manter o ritmo de crescimento da cadeia suinícola frente ao elevado custo de produção no Brasil tem sido um grande desafio. Com o preço dos grãos variando diariamente, deve-se garantir que o animal obtenha amplo aproveitamento da dieta. Para isso, devemos prezar por um trato gastrointestinal (TGI) saudável, pois esse está envolvido em vários processos fisiológicos, como digestão, absorção, metabolismo de nutrientes, além de ser a primeira barreira de proteção contra patógenos (Garbossa et al., 2019). 

Logo após o nascimento, as mucosas intestinais – até então estéreis – são colonizadas por diversos microrganismos associados ao parto, ao ambiente de criação e ao contato materno. A microbiota comensal é essencial para a saúde intestinal pois atuam diminuindo o pH intestinal, ocupando sítios de adesão, consumindo fontes nutricionais e produzindo compostos antimicrobianos específicos, criando uma função de barreira contra microrganismos patogênicos (Garbossa et al., 2019). Entretanto, diversos tipos de estresse, como o desmame, o estresse pelo calor e a mudança de dieta, ocasionam uma disbiose intestinal, ou seja, desequilíbrio na microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias patogênicas (Johnson et al., 2018; Gaio et al., 2022).

Essa disbiose prejudica a morfologia intestinal, a partir do comprometimento do turnover celular – relação entre a renovação celular que ocorre na cripta e ao longo dos vilos intestinais e a perda de células que ocorre no ápice dos vilos – diminuindo a superfície de absorção e afetando diretamente o desempenho dos animais. Além disso, parte da energia que é ingerida pelo animal fica destinada à manutenção da mucosa e, nos momentos em que a necessidade de reparo aumenta, maior será a necessidade energética e menos nutrientes estarão disponíveis para o ganho de peso (Silva, 2011). 

A superação contínua dos resultados zootécnicos é um desafio constante na suinocultura moderna. Com os altos custos com alimentação,  deve-se auxiliar os animais a expressarem seu máximo potencial produtivo. A manutenção do equilíbrio intestinal otimiza os resultados do programa nutricional, assim como, o status sanitário do plantel. 

Referências

Gaio, D., DeMaere, M. Z., Anantanawat, K., Eamens, G. J., Zingali, T., Falconer, L., … & Darling, A. E. (2022). Phylogenetic diversity analysis of shotgun metagenomic reads describes gut microbiome development and treatment effects in the post-weaned pig. bioRxiv, 2020-07.

Garbossa, C. A. P., Muro, B. B. D., Buck, E., Guimarães, B., dos Santos Madella, G., da Silva Maciel, J. C., & de Souza, L. K. S. A. (2019). Efeitos da microbiota sobre funções intestinais, pancreáticas e imunológicas em leitões.. 32ª REUNIÃO ANUAL DO CBNA – Congresso sobre Nutrição e Bem-Estar Animal.

Johnson, J. S., Aardsma, M. A., Duttlinger, A. W., & Kpodo, K. R. (2018). Early life thermal stress: impact on future thermotolerance, stress response, behavior, and intestinal morphology in piglets exposed to a heat stress challenge during simulated transport. Journal of Animal Science96(5), 1640-1653.

Silva, C. A. (2011). Equilíbrio intestinal: Um desafio para a promoção do desempenho. Londrina. Retrieved from URL: Intestinal Desempenho Suínos – Engormix