Pietran
Introdução
A raça se caracteriza por apresentar pelagem branca com manchas pretas (oveira), perfil subcôncavo ou côncavo, orelhas médias e eretas do tipo asiática, grande musculosidade e baixa espessura de toucinho. Os animais mais antigos eram muito susceptíveis a problemas causados por elevadas temperaturas e frequentemente apresentavam problemas circulatórios. Em situações de estresse ou desconforto térmico, apresentavam hipertermia maligna sendo comum a morte súbita. Já os animais modernos são mais resistentes, no entanto ainda exigem cuidados em seu manejo.
Histórico
Se originou na Bélgica em 1920 como resultado do cruzamento de suínos Berkshire, Large White e Normandos com suínos locais. Dentre as raças, é a que apresenta menor deposição de gordura e maior deposição de carne magra na carcaça. Em 1955, foi exportada para a Europa, principalmente para a França e através do melhoramento genético foi selecionada para a produção de carcaças ainda mais musculosas. No Brasil, foram introduzidos em 1967 vindos da Bélgica. Esses animais apresentavam uma alta frequência do par de alelos recessivo do gene halotano, responsável pela elevada musculosidade, mas também pela Síndrome do Estresse Suíno. Este fato contribui para a baixa adaptação dessa raça nos trópicos. Além disso, o gene halotano compromete a boa qualidade da carne por problemas de perda excessiva de água (PSE). Em 1980 na Bélgica houve o interesse em produzir suínos Pietrain livres do alelo através do cruzamento com suínos da raça Large White. Assim, atualmente é possível encontrar no mercado reprodutores machos e fêmeas, além de doses de sêmen que permitirão produzir animais de abate com excelente qualidade de carne menos predispostos ao estresse a partir do cruzamento com Duroc, Large White ou Hampshire.
Origem: Bélgica.
Manejo nutricional
A intensa deposição de carne acontece principalmente até os 100 kg de peso vivo. Apresenta ótimo desenvolvimento dos quatro pernis e menor espessura de toucinho.
Aspectos reprodutivos
As fêmeas dessa raça produzem em média 11 leitões por leitegada e possuem de 6 a 7 pares de tetos, sendo consideradas boas produtoras de leite, em contrapartida apresentam baixa velocidade de ganho.
Fonte: Livro Suinocultura Manual Prático de Criação, 2012 – Rony Antônio Ferreira
Produção de Suínos Teoria e Prática, 2014 – ABCS.