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Especial

5 Maus hábitos de estudo que você provavelmente comete

Você comumente ouve vários chavões no que se diz respeito ao estudo: “Faça do estudo uma prioridade. Revise suas anotações frequentemente”. “Leia todos os capítulos dos livros e faça seu tema de casa”. “A prática leva à perfeição. Então pratique o quanto puder.”

Primeiro de tudo, qualquer aluno que já esteve em uma sala de aula já revirou os olhos ao ouvir estas dicas. Segundo, a maioria das coisas que ouvimos, embora bem intencionadas (talvez), estão simplesmente erradas. Muitos maus hábitos de estudo são divulgados sob a forma de conselhos “úteis”.

Aqui estão 5 dos maus hábitos de estudo mais comuns que os pais, professores e conselheiros ensinam, veja por que eles estão realmente prejudicando o seu desempenho:


Leia o capítulo antes da aula

Aqui está algo que todos já ouvimos de algum professor no final da aula: “Leiam o capitulo 12 antes da aula de amanhã, então poderemos ir direto ao assunto”.

E você provavelmente gostaria de ter dito “Espere um min… não é este o seu trabalho?”.

De qualquer forma, ninguém faz isso (exceto aquele cara que senta sempre na primeira fileira). Mesmo que tentando nos convencer de que seremos mais organizados e vamos nos preparar melhor antes da aula, ninguém nunca lê os textos previamente. E se você faz, normalmente demanda um esforço medíocre.

Mas será que ajuda se nos prepararmos previamente à aula? Será que devemos realmente nos preocupar em nos organizarmos e fazer a leitura antes da aula?

Pesquisas sugerem que isso é um desperdício. Um período de revisão inicial é necessário para aprender algo novo, mas repetidas revisões posteriores se tornam cada vez menos eficazes.

Então por que deveríamos revisar uma matéria duas vezes? Bem, porque repetição melhora nossa capacidade de puxar da memoria mais tarde. A prática leva a perfeição.

Embora seja útil para obter um rápido “reconhecimento do terreno” de um novo conceito ao invés de entrar em aula completamente frio, um período introdutório inicial para um novo conceito não melhora a sua capacidade de lembrar e usar essa informação.

O que você precisa, na verdade, é se testar. Assim o tempo valioso antes de aula é muito melhor gasto interrogando-se sobre a informação da aula anterior. Coisas com que você provavelmente vai se deparar em suas provas, ao invés de ficar decifrando novas informações em um livro.

Use as aulas do jeito que elas foram criadas para ser: introduzir um novo conteúdo.


Encontre um amigo para estudar

Quando você anda pela biblioteca da universidade, você os vê em qualquer lugar: livros jogados em cima de mesas, garrafas de energéticos vazias, e questões rabiscadas em pedaços de papel ou lousas.

Grupos de estudo. Estudar com outra pessoa pode ajudá-lo a se tornar mais responsável, mas isso é praticamente tudo o que pode fazer por você e pelo seu estudo. Sim, sabendo que alguém está esperando por você no 16:00 na biblioteca é motivação suficiente para tirar sua bunda da cadeira e ir estudar. Mas resolver questões com outra pessoa é a maneira mais fácil de se enganar ao pensar que você se sairá da mesma forma que seu parceiro no exame.

Uma coisa é ver alguém a resolver um problema de física e dizer “ah, sim, entendi.” Mas é uma coisa completamente diferente realmente reproduzir a solução do problema durante a prova, olhando para uma folha de papel em branco.

Então, definitivamente continue fazendo amigos em sala de aula, mas mantenham-se independentes. Limite a resolução de problemas em dupla após já terem resolvido as questões independentemente. Depois disso, um ou dois dias depois revise e tenha a certeza de que você estendeu o suficiente para fazer por conta própria.


Revise suas anotações após a aula

Revisões passivas de suas anotações não são apenas uma forma de perder seu tempo, mas também tem se mostrado ser completamente inefetivo. Ainda assim, é o que a maioria dos professores recomenda. “É o que bons alunos fazem”.

Mas esse hábito, ato robótico de estudar não se encaixa a maneira como o humano armazena novas informações. De novo, é muito mais efetivo se testar e não apenas revisar.

Estudos tem demonstrado que se auto testar é um método muito mais eficaz do que simplesmente ficar revisando uma folha de papel “morta”. O único momento em que você deve tocar em suas anotações é quando você está tentando reorganizar e consolidar suas ideias em uma maneira mais simples e compacta.


Encontre um lugar quieto e faça de seu estudo uma rotina

“Desligue a música! Como você consegue se concentrar assim?”

“Fique parado e se concentre. Apenas sente e se foque”.

Parece-lhe familiar?

Esses conselhos maternos são feitos tipicamente para adolescentes que fazem várias coisas ao mesmo tempo: mandar mensagem, ouvir musica com o Facebook aberto e falando no Skype com algum colega enquanto fazem seus deveres de casa.

Neste caso, sim. Essas advertências tem um significado. Mas o outro extremo, na verdade, pode ser prejudicial ao futuro desempenho nos exames.

Estudar exatamente no mesmo lugar tranquilo rotineiramente é a melhor maneira de achar que você só pode relembrar informações de forma confiável naquele local de estudo. Em essência, você está se treinando para ter um branco no dia do teste, quando você é submetido a um estado mental ansioso, sob pressão de tempo e em um ambiente novo (a menos que você tem uma dessas cadeiras em seu apartamento com a mesa de tão pequeno que você mal pode caber um pedaço de papel sobre ela).

O que você deve realmente fazer: estudar em contextos muito diferentes.

Estudos mostram que o aprendizado de novas informações em ambientes diferentes, em diferentes níveis de ruído e até mesmo estados de humor, pode melhorar significativamente a sua capacidade de recordar essa mesma informação no dia do teste.

Então, mude. Questione-se enquanto caminha na esteira. De aula a seus amigos enquanto jogam videogame. Resolva questões em um pé, usando uma caneta-tinteiro, enquanto escuta ACDC.


Refresque os tópicos em sua memoria muitas vezes

“Se eu ficar apenas recitando minha folha de estudo nas próximas 24 horas, eu vou ter o conteúdo na ponta da língua no dia do exame.”

O problema em achar que você está sob controle de um novo conceito é que você está cometendo o que os psicólogos chamam de “ilusão de fluência.” Só porque é fácil de lembrar a informação agora, não significa que você não vai esquecê-la mais tarde.

De fato, quanto mais fácil é de relembrar agora, menos provável de que você será capaz de lembrar em um momento de pressão.

Estudos mostram que certo nível de esquecimento é realmente necessário, a fim de melhorar a “força de recuperação” de uma nova memória. O estudo de Bjork recomenda a procura de um nível de “dificuldade desejável” com a aprendizagem de novas informações.

Então faça o seguinte: Aprenda durante a aula. Então faça um auto teste na noite em que a aula foi dada, sem buscar informações em suas anotações.

Espere dois dias. Você vai sentir que esqueceu tudo. Mas resista a tentação de ler suas anotações.

Ao invés disso, se teste novamente tentando puxar o máximo que conseguir de sua memoria. Qualquer pedaço de informação que você relembra se torna cada vez mais compactado em sua memoria e dificilmente você esquecerá no dia da prova. E mesmo respostas erradas tem demonstrado ser positivas para o processo de memorização.

Então só depois de ter feito tudo isso, volte ao seu caderno e veja o que está certo e errado. Faça as correções apropriadas e então repita o processo.