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Circovirose suína associada a problemas reprodutivos

A primeira coisa que vem na nossa cabeça quando pensamos em circovírus é refugagem, não é? Mas você sabia que ele pode causar impactos reprodutivos (West et al., 1999; Pensaert et al., 2004)?

A baixa incidência desse tipo de infecção nos animais adultos pode ser atribuída a alta taxa de anticorpos contra o vírus, dessa forma, a doença os afeta com mais frequência de forma subclínica. Em contrapartida, nas populações em formação e com alto número de marrãs soronegativas para o vírus, há uma maior predisposição para o desenvolvimento da doença clínica (O’Connor et al., 2001). Entretanto, a relevância do PCV2 para essa categoria animal e para os fetos durante a gestação, não é claramente compreendida (Mateusen et al., 2007).

A manifestação clínica nas porcas gestantes varia de acordo com a fase gestacional na qual foram infectadas, com a imunidade e com a carga viral. O aumento do número de leitões natimortos e mumificados, consiste na apresentação clínica mais frequente de doença reprodutiva associada ao PCV2 e frequentemente, são os únicos indicativos de uma transmissão vertical. Nos fetos infectados, pode-se encontrar lesões associadas a falhas no miocárdio, sendo possível identificar o vírus no tecido por PCR. Ocasionalmente, marrãs em processo de aclimatação podem desenvolver outros sinais clínicos, como pneumonia, diarreia, nefropatia e dermatite necrotizante (Madson et at., 2011).

A transmissão do vírus pelo colostro e leite também é possível, embora a importância dessa via não tenha sido completamente elucidada (Madson et al., 2009). Como também há a presença de anticorpos no colostro, não se sabe se o vírus é neutralizado ou absorvido pelo trato gastrointestinal. Gerber (2014) observou que a viremia precoce nos leitões não tem associação com a carga viral da porca, entretanto, a carga de PCV2 no colostro pode estar correlacionada com a viremia em leitões até 84 dias pós parto.

A vacinação das porcas e marrãs mostra-se eficiente no controle da viremia e na produção de anticorpos pelos animais, sendo umas das melhores estratégias para controlar as falhas reprodutivas e melhorar a imunidade passiva dos leitões (Hemann et al., 2014).

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