hacklink al hack forum organik hit kayseri escort marsbahisdeneme bonusu veren sitelermatadorbet girişdeneme bonusu veren siteleroleybet girişdeneme bonusu veren sitelerpinco메이저놀이터 먹튀검증 먹튀위크먹튀검증 사이트 먹튀위크메이저놀이터 먹튀위크pincomarsbahisdeneme bonusu veren siteleristanbul escort kızlaristanbul escort bayandonama bonaso voran sotalerdonama bonaso voran sotalermatbetsbo2usekabetbahsegelbahsegelpadişahbetpubg mobile ucbahiscom güncel girişsuperbetphantomfasdgdfdonima banosi vuren satelir 2025grandpashabetpadişahbet güncel adresNews trendlinecasibomcasibombetgarantideneme bonusu veren sitelercasibom girişcasibomsekabetgrandpashabet güncel girişgrandpashabet güncel girişgrandpashabet güncel girişdeneme bonusu veren sitelerjojobetmilanobetdeneme bonusu veren sitelerdeneme bonusu veren yeni siteleryatırımsız deneme bonusu veren sitelermeybettipobetholiganbetdeneme bonusu veren sitelercasibomjojobet 1042casibombetwoondeneme bonusumeritking girişbetsatcasibomdeneme bonusu veren sitelerdeneme bonusu veren sitelerpusulabetmatbet
Casos Clínicos

Caso clínico – Torção do mesentério

Durante uma aula prática de patologia veterinária, um grupo de estudantes foi selecionado para realizar a necropsia de um leitão de terminação, proveniente da granja modelo da própria universidade. No histórico, a única informação fornecida consistia no fato de que o suíno morreu de forma súbita. Não havia descrições relacionadas ao status sanitário da granja ou dos manejos realizados em cada fase de produção.

Antes de iniciar a necropsia, os alunos examinaram o leitão minunciosamente. Não observaram lesões de casco, fraturas ou úlceras de decúbito, no entanto, observaram intensamente palidez e o abdômen anormalmente distendido. Os estudantes foram questionados pela professora sobre as possíveis causas da morte do leitão. Além da úlcera gástrica, eles não se recordaram de outra provável causa e justificaram a distensão abdominal como uma alteração post mortem. Havia outros diagnósticos diferenciais a serem considerados, mas a professora preferiu omiti-los e permitiu que os alunos prosseguissem com a atividade.

Ao abrir a cavidade abdominal, as alças intestinais projetaram-se para fora devido ao excesso de pressão. O intestino estava dilatado, repleto de gás e apresentava aspecto hemorrágico e coloração vermelha intensa. A massa do intestino grosso, que deveria estar localizada próximo ao fígado no lado esquerdo, encontrava-se deslocada caudalmente. Adicionalmente, observou-se que as veias do mesentério e sub-serosa do intestino delgado estavam dilatadas e havia conteúdo sanguinolento na cavidade. Por essas observações e pela ausência de lesões em outros órgãos, os alunos concluíram que a causa da morte foi a torção do mesentério. A distensão abdominal não era uma alteração post mortem, como fora sugerido anteriormente por eles.

A torção do mesentério acomete animais saudáveis, principalmente nas fases de crescimento e terminação. Apesar da causa não ser completamente compreendida, sugere-se que a alimentação, os hábitos alimentares, o fornecimento de água e as desordens digestivas são os principais fatores relacionados à essa patologia. Alimentos altamente fermentáveis induzem o excesso de produção de gases no interior do intestino, provocando o aumento da pressão intra-abdominal com consequente congestão de vasos, deslocamento e torção do órgão. Essas alterações resultam um quadro de choque hipovolêmico, no qual há um desbalanço ácido básico severo e morte, sem que os suínos manifestem sinais clínicos prévios. Os diagnósticos diferenciais incluem úlcera gástrica, enterotoxemia, disenteria suína, ileíte e síndrome do intestino hemorrágico.

Devido a complexa razão de sua causa, o controle da torção do mesentério é um grande desafio. As medidas preventivas envolvem a redução de situações estressantes (misturas excessivas de lotes, irregularidade do plano alimentar, superaquecimento do ambiente, densidade alta nas baias etc) o fornecimento de quantidade e área suficiente de comedouros e o aumento de arraçoamentos por dia. O uso de probióticos ou acidificantes pode auxiliar a estabilidade da flora intestinal, permitindo uma redução da incidência da doença.

Foto: Carlos Pereira Júnior

Referências bibliográficas

Barcellos, D.; Driemeier, D. Torção do mesentério. Sobestiansky, J.; Barcellos, D. Doenças dos Suínos. 2. ed.Canone. Goiania, 2012 p. 821-824.

Paladino, E.S.; Guedes, R.M.C. Síndrome da dilatação intestinal. Ciência Rural, Santa Maria, v.41, n.7, jul, 2011 p.1266-1271.