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O impacto da imunidade materna sobre a eficiência da vacinação contra PCV2 administrada em leitões com diferentes idades

Dentre as estratégias de controle das doenças associadas ao PCV2, destaca-se a vacinação. As vacinas são, de fato, ferramentas poderosas quando o assunto é a redução da carga viral e o abrandamento das lesões induzidas pelo agente. Contudo, resultados eficientes são apenas alcançados quando a vacina é administrada em momentos corretos. A definição da idade ideal exige o conhecimento de diversos fatores e nos próximos parágrafos, destacaremos um dos mais importantes: a imunidade materna.

Marteli (2016) avaliou a resposta imune vacinal em três grupos de leitões, os quais foram vacinados em três momentos diferentes (4, 6 e 8 semanas de vida). O estudo propôs, dessa forma, a análise de protocolos tardios de vacinação, determinando sua eficiência e a possível interferência dos anticorpos maternos na indução da resposta imune.

Os dados do estudo revelaram que 28 dias após a vacinação, os três protocolos foram capazes de induzir resposta imune celular e humoral nos animais. No entanto, nos animais vacinados com altos níveis de anticorpos maternos (grupo vacinado com 4 semanas de vida), observou-se que a resposta imune induzida pela vacina foi reduzida quando comparada a dos outros grupos (vacinados com 6 e 8 semanas de vida). O resultado é consistente com as pesquisas de Haake (2013), na qual analisou-se o impacto da imunidade materna sobre leitões vacinados com 1 e 3 semanas de vida. Os dados do autor mostraram que a vacina não é eficiente se administrada em suínos com 1 semana de idade. Ele ressalta, contudo, que além da imunidade materna, existem outros fatores capazes de interferir com a eficiência vacinal.

De forma geral, uma estratégia de vacinação ideal precisa equilibrar os níveis de imunidade passiva, as práticas de gestão e o momento da infecção.

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